Se a passagem da infância
Levou meu desejo de poder voar,
Ao menos em sonhos me atrevo,
O céu azul celeste, singrar.
Sair dessa realidade cinza,
Tediosa, desacreditada e entorpecida.
De nuvens pretas, panfletos, buzinas,
E pessoas que não encontram alegria na vida.
Fuga, alguns interpretam.
Medo ou falta de maturidade.
Rio destes que muito condenam
Um dos últimos resquícios de liberdade.
E acham-se livres perante a lei,
Embora sejam subjugados por este edema,
Que os encurrala em ações mecanizadas,
Individualizadas, repetitivas, sem fugir o esquema.
Sonhem, criaturas humanas,
Pois a realidade lhes mente
Usa máscara da racionalidade
Mas esconde seus doentes