sábado, 31 de julho de 2010

CELLAR DOORS

CELLADOORS
CELLAR DOORS

O que há de tão bonito nessa palavra?

eu prefiro CAOS
AAAAOS
MANAUS
AAAAUS

Ditongos são bem mais atraentes.


Nota: Oswald de Andrade concorda.

Já fui mais banal

Fazer coisas que raramente se vê,
Agradar os olhos de uma maioria?
Ah, eu fiz.

Talvez haja uma ponta de vigarismo
No que diz respeito a descoberta do funcionamento da opinião da turba.

Entender o sentido do pensamento comum,
Usá-lo em favor de si próprio
Tudo tem seu preço.
Quanto mais próximo de uma verdade se está,
Mais dura será a reação
No caso de um fracasso.

Desenhei, compus músicas,
Fiz cinema e tangi a viola
Seria uma boa pretendente para Inês Pereira
Com a minha pouca experiência,
Embalada apenas por minha força de vontade.
Sem porquê algum tive.

Agora, com muito drama,
Digo que não tenho nada
Certeza, dote ou razão.
Somente a distinção do que gosto ou não
E um punhado de fraqueza

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Versos toscos

E são só estes aos quais tenho me dedicado.

Vibração

Nas conversas boêmias
Embriagadas, vagarosas e ritmadas
Descobre-se o reflexo das próprias sensações
Expresso no rosto da persona a dialogar

Sentimento leve e confortável
Este que embala as almas inquietas,
Encontrando sua aguardada harmonia e segurança
Na reciprocidade do sorriso compartilhado.

Caderninho,Julho de 2009

Quando anseio o sucesso,
Destino me traz fracasso.

Quando anseio vingança,
Remorço vem em cobrança.

Quando me forço a pular,
Surgem empecílios a me segurar.

Se para cada ação minha
Há um ponta de pessimismo,
Inconsequencia será meu nome
Meu rumo? O abismo.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Nota:


A partir de agora só faço com que se sintam especiais aqueles que realmente demonstrarem reciprocidade e sentimento suficiente.


Viva Cazuza!

domingo, 18 de julho de 2010

Toda criatura na terra morre sozinha

Qual o motivo da eterna busca por algo superior? Algo que sustente o peso de nossas mentes, carregando-nos rumo ao desconhecido. Soturno e amedrontador. Não sabemos a trilha a seguir, tampouco quando iremos segui-la. Metafísico, insugerível.
Temos pistas durante aquilo que psiquiatras denominam vertigens, mas obviamente jamais será suficiente. Quanto ao onírico? Talvez também nos introduza ao lugar pós-morte ao qual seremos designados. Logo insônia seria, de certa forma, medo de abandonar as responsabilidades do quotidiano. Negar a lei da gravidade, planar sobre o planeta Terra, romper as fronteiras da galáxia. Adeus Sol, órbita, via láctea. Encontrarei os resquícios do fim do universo muito longe. Imortalizar na ausência de caminhos do universo e ver tudo aquilo que nossa mera sabedoria terráquea nunca teria acesso.
Toda criatura na terra morre sozinha, apesar de muitas acreditarem em um ser superior que amacie esse abandono rumo a um local superior. A morte é superior. Não deveria ser temida ou possuir uma clamação por um ser. Solidão é o único caminho no âmbito do conhecimento.

sábado, 17 de julho de 2010

Além da dor



A água salgada que banha Ilha Grande
É límpida,
De beleza cativante,

Tentação a qual me sujeito
Pois escrevo da beira da areia
Abrirei os olhos sim.


Com o intuito de explorar
As profundezas escondidas
Quem vê, crê.

É como o kohl nos olhos de orientais
Arde,
Mas produz beldades únicas

(Escrito em Fevereiro, durante uma viagem ao Rio de Janeiro)

Em meio aos plátanos

Aqui, onde me encontro,
Visito constantemente em sonhos.
Realidades tangentes, universo onírico
Revelações nos plátanos verdes
Ou rececados pelo passar do tempo

Aqui, onde me encontro
Esses mesmos plátanos rececados ou verdes,
Há torta de maçã, fogão à lenha,
Bandinhas de kerb tocando no coreto.

Gente como o meu estereótipo,
Falando o idioma de meus antepassados
Retrocesso a infância.
Túnel do tempo, onde os fatos descansam.

Não existe motivo específico,
Exceto por este encontro nostálgico
Com pessoas tão queridas que nos foram privadas
Antes que pudessemos absorver-lhes todo conteúdo dialetal.

Trazer mal não é a palavra correta
Pois é tudo tão aconchegante
Que a vontade é permanece para sempre
Perdida em lembranças.

Realidade é peso terrível
O qual somos forçados a carregar.
Neste lugar onde deixaram você,
Cristalizam-se as saudades da infância

União e respeito (dez esse título, ein!)

Superando os anos em os quais a mulher se encontrava presa a uma realidade infestada de tabus sufocantes, é possível identificarmos o avanço da atribuição de direito e conquistas. Autosuficiência, espaço no mercado de trabalho e influência na política, tanto diretamente, como eleitora, quanto indiretamente, concorrendo a cargos no poder legislativo, são exemplos da repercussão provocada pela simbólica queima de sutiãs. Contudo, sempre presente em revoluções haverá pessoas desfavoráveis às mudanças. Nesses caso, a repressão é masculina e feminina, feita de forma indireta.
O feminismo no mundo é datado pela historiografia em três períodos, partindo tardiamente do encerramento do século XIX. Durante a primeira fase, as mulheres clamavam somento pelo abandono de uma conceção de vãs reprodutoras. Almejavam, basicamente, reconhecimento como seres humanos para poderem manter uma boa relação familiar. Partindo-se desse embasamento, são perceptíveis alguns conceitos da primeira fase ainda presentes na sociedade supostamente moderna do século XXI. A mulher , seja por falta de coragem, seja por desconhecimento de argumentos contra a repressão proveniente dos maridos e homens em geral, submete-se à condição primordial de merda reprodutora, no mácimo tornando-se uma boa dona-de-casa. Assim idealizadas como modelo das primeira feministas.
A segunda fase foi um pouco mais ambicioasa. Criticava a primeira alegando que a felicidade feminina não deveria estar, necessariamente, atralada ao caminho convencional como casamento, filhos e estabilidade econômica. Em suma, identifica-se claramente um desejo de desvinculação das relações de dependência masculina , desejo tão forte que se manifesta até hoje, beirando casualmente exacerbações e criação de disputas desnecessárias. Enquanto houver uma desvalorização, é justificável a defesa do seco a todo custo. Uma harmonia entre homens e mulheres é o objetivo principal; quando um dos lados excede o peso na balança, seus argumentos acabam tornando-se antiéticos.
A terceira fase é tida como uma análise dos resultados e erros do movimento anterior. Atualmente, é aquele que mais vem sendo executado. Tão importante quanto fundamentar um pensamento é manter o respeito à diversidade de pontos-de-vista existentes. Caso contrário haverá uma desunião, bem como o que vem provocando um descrédito na capacidade de igualarem-se os sexos.
A história nos mostra fatos que resultaram em avançoes e retrocessos. A conquista de espaço na sociedade pela mulher continua em andamento. Os exemplos do passado devem ser consultados para que revelem o sucesso da união por um ideal, evitando erros futuros.

Produzindo à mão

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Vôo

Se a passagem da infância
Levou meu desejo de poder voar,
Ao menos em sonhos me atrevo,
O céu azul celeste, singrar.

Sair dessa realidade cinza,
Tediosa, desacreditada e entorpecida.
De nuvens pretas, panfletos, buzinas,
E pessoas que não encontram alegria na vida.

Fuga, alguns interpretam.
Medo ou falta de maturidade.
Rio destes que muito condenam
Um dos últimos resquícios de liberdade.

E acham-se livres perante a lei,
Embora sejam subjugados por este edema,
Que os encurrala em ações mecanizadas,
Individualizadas, repetitivas, sem fugir o esquema.

Sonhem, criaturas humanas,
Pois a realidade lhes mente
Usa máscara da racionalidade
Mas esconde seus doentes

F uga nº 3 (Ode ao Sol)










Dedico esta bela tarde invernal de calor,
Átipica como esta fuga do quotidiano,
Para livrar meu cérebro de um futuro dano.
À Redenção sigo livre de pudor.

Cansaço, confusão e desencanto;
Lá encontro a cura dessas sequelas
Deitada na grama amarela
De esperar pelo o Verão tal qual um messias; um santo

Dedicação ao vácuo sem pensamentos,
Sem esforços, sem abstrações...
Oh terna luz solar! Contemplo-te para buscar soluções
Ao caos pessoal, ao tédio e aos tormentos

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Um pequeno comentário

Não sei exatamente o porquê de ter resolvido cortar o cabelo logo após o jogo do Brasil hoje. Mais decadente que a perda do título são os comentários acerca disso. O favorito era "Mas esse Dunga tinha que se ferrar mesmo, era um teimoso.". Veja só! Em um comentário não apenas a senhora gorda conseguiu mudar o anão da Branca de neve que dá o apelido ao treinador como também humilhar a única pessoa que realmente fez alguma coisa de valor durante essa edição da Copa Mundial de Futebol: de peitar a magnânima Rede Globo. Dunga disse com todas as letras para uma sra. Bonner, de touquinha no frio sul-africano, que fosse pastar com seu cameraman, além de mandar às favas todas as entrevistas arranjadas. Estava mais do que certo! Quem quer tanta exposição, ainda mais de uma emissora como a Globo, onde o "Oi" de um indesejável é editado, à ponto de tornar-se um xingamento. Jogo de xadrez, tendencionismo, manipulação, qualquer termo serve para evidenciar o quão alterada é a informação provida por isso que chamamos de meio de comunicação, difamado seu pensamento para a sociedade que aliena-se cada vez mais.