sábado, 28 de maio de 2011

segunda-feira, 9 de maio de 2011

y se tu me miras

Um olhar fita os olhos
Outro, os lábios
Óbvio utópico
Pouco pronunciado,,,

...amedronta os fracos

domingo, 1 de maio de 2011


A vida tem sido linda
Desde que trouxestes contigo
O país das maravilhas colorido
Que compartilhamos.

Todo dia que vivemos juntas
O tempo morre,
Não passa.
O mundo gira em volta
Sem tirar nossa atenção.

Quando deixamos de nos ver
Para voltarmos às nossas realidades
Eu vejo quão melancólica
A natureza pode ser.

Monocromática, sem vida
Prédios atrolhados de pombas
Mendigos atirados pelas ruas, amigos apáticos
Distorção do mundo. Medo da perda.

Então é verdade que meu olhos
Agora só sabem ver beleza
Onde encontram você?

domingo, 27 de fevereiro de 2011



... e quem, no fundo, não está?

Há vida sem amor? Ao menos um resquício, uma ilusão, uma crença vaga de que alguém nos ama e talvez só isso baste para tornar nossa vida completa e nossa auto-estima plena. Amar é egocentrismo, é total vulnerabilidade, é uma contradição que ninguém nunca irá definir, isto é, dar um fim na extensão do termo; estrangular o amor é não amar. Deixá-lo vibrar à melodia de sua própria existência pura é que é de fato. Libertar é amar e esse é o ponto culminante a que almejo para que nenhuma de nós acabe com a sua própria liberdade cerceada por quem não nos compreende; repleta de pensamentos ciânicos, tais quais os de uma fase azul de Picasso.

Eu te amo tão intensamente que qualquer coisa torna-se possível aos meus olhos.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O Sentido no Fim


Você foi
Sem adeuses
Sem despedidas emocionadas e melosas
Apenas foi
Mantendo com fidelidade sua postura, seu trejeito:
A Simplicidade e delicadeza
Que sempre me deixaram boba,
Alegre suspirando,
Balbuciando seu nome no silêncio.

Creio não poder culpar-lhe por isso
E até penso que foi a melhor opção
Pois não sei como me portaria
Ao ver você entrando na sala de embarque,
Tomando seu avião
Para uma nova realidade, um novo futuro
Um rol de novidades
Coisa de destino,
Se é que realmente existe.

Como você, prefiro a omissão
A deparar-me com situações complicadas como essa
E isso é tão imaturo de nossa parte,
Mas afinal
Somos tão jovens!

O mundo gira, os dias vão
E com os dias, você foi
O avião subiu
A superfície minimizou
E mesmo que esteja ali, intacta para sempre
Ela diminuirá com o afastamento.

Encolhe terra, encolhe amor,
Mas estará sempre lá, como as nossas lembranças,
Para você vasculhar quando tiver vontade
E era isso que eu sempre quis te dar

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Efeito

Você consegue extrair de mim
Coisas indizíveis com um olhar,
E provocar minha ira pueril
Com seu silêncio tão característico
Tão sutil.

Meus pensamentos diários
Fogem de controle
Quando, distraída,

Divago em flashbacks repetitivos.

Embriagas minha realidade.
Entorpeces minha mente.
Tão fadigada de ouvir, pensar, concluir.

Na véspera de um reencontro
Penso sempre em levar algo diferencial.
Uma história cômica, talvez;
O mais simples meio de roubar um sorriso seu.
Contrações faciais .
Nesse rosto de traços tão belos.
Obra prima da natureza.

Inclino-me para beijar-te
E a impressão é de estar desatenta para um perigo,
Uma queda.
Num impulso inconsequente,
Caio,
Entregando-me por completo.

No peito, um fluxo afoito de emoções esvai-se.
O inevitável contenta.
A boca é a ponte das sensações compartilhadas.

Em pequenos detalhes, pedacinhos de papel,
Talvez invisíveis aos olhos comuns,
Vou mostrando o amor que cultivei para você guardar.
Junte-os somente sob a condição de não sofrer.
Aproveite intensamente o agora
E o depois, ignore.




sábado, 4 de dezembro de 2010

Sobre o zelo

Tornei-me o Atlas das coisas mundanas
Ao carregar este fardo em minhas costas.
Um pequeno mundo.
Acréscimos e acréscimos envergam minhas costas
Com o que não deveria pesar tanto;
Amizade não pesa, nos faz flutuar.
Pulsos atados por uma dívida
Feita com olhares tão penetrantes quanto são as palavras.
Pedido de zelo por quem perdeu tal virtude.
Ironia do destino, ironia da ocasião.

Apego-me ao pedido,
Apesar de temer um passo em falso
Que custe a vida de alguém tão precioso.

Quisera eu que tivesse mais fé na vida.