sábado, 17 de julho de 2010

Em meio aos plátanos

Aqui, onde me encontro,
Visito constantemente em sonhos.
Realidades tangentes, universo onírico
Revelações nos plátanos verdes
Ou rececados pelo passar do tempo

Aqui, onde me encontro
Esses mesmos plátanos rececados ou verdes,
Há torta de maçã, fogão à lenha,
Bandinhas de kerb tocando no coreto.

Gente como o meu estereótipo,
Falando o idioma de meus antepassados
Retrocesso a infância.
Túnel do tempo, onde os fatos descansam.

Não existe motivo específico,
Exceto por este encontro nostálgico
Com pessoas tão queridas que nos foram privadas
Antes que pudessemos absorver-lhes todo conteúdo dialetal.

Trazer mal não é a palavra correta
Pois é tudo tão aconchegante
Que a vontade é permanece para sempre
Perdida em lembranças.

Realidade é peso terrível
O qual somos forçados a carregar.
Neste lugar onde deixaram você,
Cristalizam-se as saudades da infância

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